sexta-feira, 15 de março de 2013

Tom Jobim

Tom Jobim, quando recebeu da Coca-Cola 500 mil dólares pelo direito de uso de "Garota de Ipanema" foi muito criticado por vender sua voz e música, um dos símbol...os da tal "brasilidade", para uma empresa americana utilizar em uma propaganda. Dinheiro mais do que merecido, pois foi trabalho dele, de alguém que se destaca nesta nossa terra. Ele disse: "Sucesso no Brasil é ofensa pessoal".

Num país onde a incompetência graça, muitas vezes os exemplos de sucesso pontuais, ao invés de funcionarem como uma espécie mola propulsora, inspirando outros a fazerem o mesmo, tem o efeito incômodo de ressaltar a inépcia alheia. Todos os dias ouvimos de pessoas de todos os níveis sociais e educacionais as mazelas das "desigualdades sociais". Como se desigualdades, por si só, fossem realmente um problema. Como se fosse necessário existir pobres para que outros sejam ricos. Como se as riquezas fossem estáticas, ou seja, se alguém é rico e bem-sucedido e porque existem pobres.

O que as pessoas que propõem a igualdade têm em mente é sempre um aumento do seu próprio poder de consumir. Ao apoiar o princípio da igualdade como um postulado político, ninguém pensa em repartir sua renda com os que têm menos. Quando os assalariados falam de igualdade, estão querendo dizer que os lucros dos patrões deveriam ser distribuídos entre eles. Não estão propondo uma redução de sua própria renda em benefício dos 95% da população da terra cuja renda é menor do que a sua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário