domingo, 22 de maio de 2011

FMI em busca da nova chefia




Sydney (Austrália), 22 mai (EFE).- O secretário do Tesouro da Austrália, Wayne Swan, e o ministro de Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, rejeitaram neste domingo a manutenção da prática de nomear um europeu para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e pediram que a escolha seja baseados em méritos.

"A legitimidade do FMI leva tempo demais abalada pelo costume de escolher seu diretor-gerente de acordo a nacionalidade", assinalaram em comunicado conjunto os ministros, cujos países coordenam o grupo de trabalho do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) no FMI, conforme versão do jornal "Sydney Morning Herald".
"Para manter a confiança, credibilidade e legitimidade dos membros (do organismo), deve haver um processo de seleção aberto e transparente que permita a nomeação da pessoa mais competente, sem reparar a nacionalidade", diz a nota.
O FMI anunciou que nesta segunda-feira começará um processo "aberto, baseado em méritos e transparente" em busca de candidatos, que concluirá em 30 de junho com a escolha do novo diretor-gerente da instituição.
A ministra de Finanças francesa, Christine Lagarde, aparece como a candidata com maior peso para o cargo, embora China, Brasil e outros países defendem que desta vez a direção não deveria recair para um europeu.
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ZURIQUE (Reuters) - A Suíça vai apoiar o melhor candidato para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional e não necessariamente um nome europeu, afirmou um representante do governo suíço na organização, a um jornal no domingo.
Em entrevista ao Der Sonntag, o diretor-executivo do FMI Rene Weber afirmou: "A Suíça não está a princípio apoiando um nome europeu. Para nós, qualificações, histórico e as exigências do cargo --manutenção de estabilidade monetária e relações financeiras-- são importantes." Dada a crise de dívida da zona do euro, ter um dirigente não europeu seria preferível, afirmou Weber.
"Poderia ser melhor se uma pessoa externa indicar os pontos econômicos fracos dentro da zona do euro."
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