segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Miséria cubana

Plano de cortes em estatais de Cuba patina
Não há oferta suficiente de empregos na ilha fora do setor público, que prevê demissão de 1,5 milhão

LISANDRA PARAGUASSU, ENVIADA ESPECIAL / HAVANA - O Estado de S.Paulo
De um lado, um governo que emprega mais de 80% da força de trabalho. De outro, um mercado de trabalho privado ainda em seus primeiros passos, castigado por restrições e impostos. No meio, uma população que, mesmo empregada, mal ganha para sobreviver. Que sem o emprego público, não tem para onde ir. Essa é razão para o fracasso do ambicioso plano de modernização das empresas públicas do governo cubano, anunciado em 2010. A demissão de 1 milhão a 1,5 milhão de pessoas até 2016 esbarrou na realidade da própria ilha: não há outros empregos...
O inchaço da máquina pública emperra a produção, aumenta os gastos e diminui a capacidade do próprio governo de fazer investimentos, mesmo que os salários médios em Cuba estejam em torno de US$ 20 mensais....
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