Dívida de rico é outra coisa
19 de outubro de 2012 | 11h40
Rolf Kuntz
Ninguém se iluda. A enorme dívida pública do mundo rico vai durar muitos anos, talvez décadas, e um ajuste rápido e penoso para americanos, europeus e japoneses vai ser doloroso para todo mundo – chineses, brasileiros, mexicanos, coreanos e quem mais tenha alguma ligação com o mercado internacional. O reconhecimento desse fato – a solução será demorada – é provavelmente o melhor argumento a favor de programas de médio prazo com metas críveis e bem definidas. Alguns números podem ser mais convincentes que a maior parte dos discursos. Para levar a dívida americana de volta ao equivalente a uns 60% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, o governo terá de obter um superávit primário pouco superior a 6% em cada um dos próximos 18 anos. Para o Japão, o resultado primário – o dinheiro reservado para o serviço da dívida – teria de ficar em torno de 14% do PIB.
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