Em suma, eis a Lei de Say: a oferta (venda) de X cria a demanda por (pela compra de) Y.
Say ilustrou sua lei com o exemplo de um agricultor que usufruiu uma boa colheita: "Quanto maior for a colheita, maior será o poder de compra do agricultor. Já uma safra ruim, por outro lado, irá afetar enormemente a venda das mercadorias."[6]
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Mais sobre Say (1767-1832) e sua lei:
Say afirmou que "produtos se pagam com produtos" (1803: p. 153) ou "um excedente pode ocorrer apenas quando muitos meios de produção forem aplicados a um determinado produto em detrimento de outro" (1803: p. 178-9). A "lei" está expressa pelo autor nessa passagem de sua obra, em tradução livre do inglês:
"É de se ressaltar que um produto tão logo seja criado, nesse mesmo instante, forma um mercado para outros produtos adequado ao próprio valor. Quando o produtor finaliza a produção, fica ansioso para vendê-la imediatamente pois quer evitar que a mesma se deprecie em suas mãos. E não ficará menos ansioso para aplicar o dinheiro que ganhará com a venda, pois o valor do dinheiro também poderá se depreciar. Mas o único modo de aplicar o dinheiro é trocá-lo por outros produtos. Assim, a mera circunstância da criação de um produto imediatamente abre um mercado para outro produto" (J. B. Say, 1803: pp.138–9)[3].Ele também escreveu que não é o dinheiro em abundância mas os produtos em abundância que em geral facilitarão as vendas:
"O dinheiro tem sua função mas é uma momentânea nesse mercado de troca; e quando a transação for finalmente fechada, e sempre será, aquela determinada mercadoria criará mercado para outra" [4].
O economista escocês James Mill reformulou a lei de Say em 1808, escrevendo que "produção de mercadorias cria, e é a única e universal causa que cria um mercado para as mercadorias produzidas."[5]
Outros economistas com destaque para David Ricardo e John Stuart Mill ajudaram a desenvolver a "Lei de Say" até uma "Lei dos Mercados" que foi a base da Macroeconomia de meados do século XVIII até a década de 1930.
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