quarta-feira, 3 de abril de 2013

Política macroeconômica brasileira

Desemprego limita política monetária

Cristiano Romero
Valor Econômico - 03/04/2013

Quando declarou que não se combate mais inflação no país com redução do crescimento econômico, a presidente Dilma Rousseff expressou mais que uma convicção: ela fixou limites para o aumento do desemprego, que, em sua gestão, atingiu os valores mais baixos da série histórica. Está claro que se tornou um tabu, em Brasília, tomar medidas que provoquem elevação da taxa de desocupação com a finalidade de combater a carestia.
O Banco Central (BC) está sendo confrontado com esses limites. Na primeira fase de sua atuação nesta gestão (de janeiro a agosto de 2011), recorreu a dois expedientes para controlar a inflação: o aumento da taxa básica de juros (Selic) e a adoção de medidas macroprudenciais.
Em maio de 2011, um dirigente do BC chegou a afirmar, em conversa com o titular desta coluna, que, para reverter o processo inflacionário, seria necessário levar a taxa de desemprego para pelo menos 8% até o fim daquele ano. Naquele mês, o índice ficou em 6,4%. Já a inflação em 12 meses acumulara variação de 6,55%, acima do limite superior do intervalo de tolerância (6,5%).
Elevar a taxa de desocupação é hoje um tabu em Brasília
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