sábado, 8 de junho de 2013

O ciclo de Kondratiev

Kondratiev - a irresistível força gravitacional dos ciclos longos
Uma sucessão de bolhas?  A bolha da tecnologia, que inflou de 1995 ao estouro em 2000, foi sucedida pela bolha imobiliária, que estourou em 2007-2008.  No momento, boa parte dos especialistas defende que há uma bolha dos títulos dos governos ao redor do mundo.  De fato, os juros nunca estiveram tão baixos.  O Tesouro do governo dos Estados Unidos está pagando apenas 2,09% ao ano para o prazo de dez anos[1], e créditos exóticos, como os Tesouros de Ruanda e Mongólia, aproveitaram o momento para captar dinheiro fácil.
Há quatro anos acredita-se que os juros deveriam subir, mas, desafiando os especialistas, os juros caem ano após ano.  A pergunta é: temos realmente uma bolha de títulos de renda fixa, ou há algum outro fator estrutural que explique tal comportamento paradoxal dos juros?  O que isto significa para o mercado de ações nos Estados Unidos e no Brasil?
Nicolai Kondratiev[2] foi um economista russo do princípio do século XX, que se propôs a estudar falhas da economia capitalista.  Em livros e estudos, chegou à conclusão de que esta percorre ciclos econômicos longos e razoavelmente regulares.  Os principais seguidores atuais da tese dos ciclos de Kondratiev — ou K-wave — acreditam que o ciclo varia de 55 a 80 anos.   As variáveis explicadas pelos ciclos longos são principalmente taxas de jurospreços de ações[3], e inflação.
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