sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Protecionismo brasileiro

The Economist diz que Brasil aperfeiçoou a arte do protecionismo

Publicação destaca adoção de políticas de conteúdo nacional pelo governo para estimular a indústria local como exemplo de um novo tipo de proteção de mercado

Duas semanas após dedicar uma capa ao Brasil, a revista britânica The Economist voltou a falar sobre a economia do país em uma série de reportagens sobre protecionismo, tema em destaque na edição desta semana. A publicação diz que várias nações têm adotado medidas de entrave comercial que prejudicam a globalização. São apontados como principais países protecionistas os emergentes, em particular os Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
The Economist diz que o Brasil aperfeiçoou a arte de criar medidas de “protecionismo mascarado”, citando como exemplo o Inovar-Auto, novo regime automotivo criado pelo governo de Dilma Rousseff no final do ano passado. Segundo a revista, o governo desenhou o programa para ele ficasse “dentro das regras da OMC” e, ao mesmo tempo, estimulasse o fim das importações. O decreto que criou o Inovar-Auto foi publicado em outubro de 2012. De acordo com a nova regra, são beneficiadas as montadoras que têm investimento em produção e em inovação no país. Também foram estabelecidas cotas de importação, dificultando a vida das empresas que não têm fábrica no país.
A publicação afirma que o Brasil tem recorrido constantemente à política de "conteúdo nacional", adotada no início da década de 2000 para estimular o desenvolvimento de fornecedores da Petrobras no setor petrolífero. Mas a The Economist critica tal medida, dizendo que a produção da Petrobras é prejudicada por não haver produção de tecnologia suficiente no país que atenda às exigências do governo.

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