quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Livre comércio

“Daqui a pouco estaremos parecidos com países da antiga Cortina de Ferro”

A indústria brasileira propõe firmar acordo de livre-comércio com os Estados Unidos:
Pressionada pela perda de competitividade e pela queda na exportação de manufaturados, a indústria brasileira está defendendo um acordo de livre-comércio com os EUA.
Ontem, em discurso para 200 empresários americanos em Denver (EUA), o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, afirmou que o Brasil deveria fechar um acordo de livre-comércio com os EUA e deixar em segundo plano o Mercosul para avançar em outros tratados importantes.
“Defendemos um acordo com os EUA, que compram principalmente manufaturados”, disse à Folha Andrade.
Foi a primeira vez desde o enterro da Alca, em 2003, que a indústria discutiu a abertura de mercado com os EUA.
Até setores mais protecionistas, como o de eletroeletrônicos, defendem o acordo.
Mudamos o posicionamento. Há dez anos éramos refratários, e havia um açodamento para fechar um tratado“, disse Humberto Barbato, presidente da associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
“Agora estamos isolados, o Brasil está fora das cadeias de valor, daqui a pouco estaremos parecidos com países da antiga Cortina de Ferro.
Pois é. O que os liberais defendem desde sempre? Exatamente a ideia, respaldada pela prática, de que o livre-comércio permite o avanço do país, enquanto o protecionismo é o caminho mais seguro para o atraso e os privilégios indevidos.
Em nome do “interesse nacional”, mercantilistas erguem barreiras que impedem o comércio livre entre nações, prejudicando os próprios consumidores e muitos produtores brasileiros. É um feudo econômico criado artificialmente pelo estado, que protege apenas alguns poucos e grandes empresários, à custa do restante do país.
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