Presidente do STF mantém votação sobre correção da poupança, apesar de apelos
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
SEVERINO MOTTA
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
SEVERINO MOTTA
DE BRASÍLIA
Atualizado às 09h21.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, ignorou
os apelos do governo e de uma carta de "notáveis" e manteve em pauta a
votação da correção das poupanças nos planos econômicos dos anos 1980 e
1990, assunto que se arrasta desde 2010 e que pode trazer perdas
bilionárias ao governo e ao sistema financeiro. O governo, que perde com as indenizações dos bancos públicos e com queda na arrecadação, negociava ontem à noite com membros do STF para suspender a votação.
No arsenal, está a manifestação de 23 notáveis -ex-presidente do BC, ex-ministros da Fazenda e até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso- dizendo que uma decisão favorável aos poupadores seria erro histórico.
Os poupadores, representados pelo Idec, desqualificam a carta afirmando que todos os signatários ou trabalham ou trabalharam sob a forma de consultor ou de conselheiro dos bancos.
A expectativa ontem era que algum dos ministros mais sensibilizados às ponderações do governo e do BC, que falam em perdas potenciais de R$ 150 bilhões (o Idec estima R$ 18 bilhões de provisões e R$ 8 bilhões de indenizações), peça vistas da votação.
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