Tributos indiretos oneram os mais pobres e tiram competitividade do País
Metade da carga tributária brasileira incide sobre o consumo; esse é o cerne da injustiça fiscal no País, dizem tributaristas
23 de maio de 2014 |
Bianca Pinto Lima - O Estado de S.Paulo
Ao comprar uma camisa por R$ 250,51 em uma loja, um brasileiro que ganha um
salário mínimo paga R$ 80,51 em impostos embutidos no valor do produto - ou 11%
da sua renda mensal. Outro consumidor, com salário de R$ 7.240 (ou dez mínimos),
paga os mesmos R$ 80,51 em tributos, o que representa apenas 1,1% dos seus
ganhos.
Nesse modelo regressivo, que constitui a base do sistema tributário brasileiro, quem ganha menos paga mais. Os efeitos, alertam os especialistas, são extremamente nocivos aos mais pobres, que têm a renda corroída, e também à indústria, que perde competitividade com os altos preços dos produtos - inflados pelos impostos.
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Nesse modelo regressivo, que constitui a base do sistema tributário brasileiro, quem ganha menos paga mais. Os efeitos, alertam os especialistas, são extremamente nocivos aos mais pobres, que têm a renda corroída, e também à indústria, que perde competitividade com os altos preços dos produtos - inflados pelos impostos.
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