Por razões desagradáveis e demérito próprio, lá estamos nós na capa da Economist, a mais respeitada publicação financeira do mundo, enfiados no atoleiro.
Não questiono o pessimismo alheio. Também estou pessimista. Mais do que eles. E antes do que eles.
Mas não estou aqui para vangloriar-me de ter alertado para O Fim do Brasil com a devida antecedência. Passado não enche barriga. Às favas com os escrúpulos de ontem.
Tenho a penitência típica da criação jesuíta e cobro-me mais pelos erros. Retorno pretérito não é garantia de rendimento futuro. Esse jogo se ganha a cada dia.
A história serve apenas para ajudar na preparação à frente. Não há heróis no mercado financeiro – fã declarado de Daniel Kahneman, no meu entendimento o maior pensador vivo, sei da tendência do retorno à média. Vale para todo mundo, sem exceções. Parafraseando o clássico moderno, “por favor não conte à minha mãe que eu trabalho com finanças; ela ainda acha que eu toco piano num bordel.”
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