A elite de servidores na República dos Concurseiros
By Daniel Duque · On 16/09/2015É um mantra entre grande parte da esquerda no Brasil associar os maiores males do país à sua elite. Hoje, mais do que nunca, esquerdistas pelas redes culpam as elites pela pouca popularidade da presidenta Dilma, pela turbulência política, e até pela crise econômica. Uma intensa culpabilização desfocada se concentra sobre a tal desgraçada elite. Poucos fazem, no entanto, uma acertada reflexão: quem, afinal de contas, é a elite brasileira?
Podemos observar, por exemplo, a categoria de “empregadores” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, que representa, de certa forma, a burguesia do país. Seu status não é para menos: Seus rendimentos médios são 242% maiores do que a renda média da população ocupada – uma remuneração entre as 4% maiores no país – e 44,6% dos empregadores estão entre a Alta Classe Alta da população, a classificação mais alta para as categorias de posição sócio econômica criadas pelo Governo Federal. Seriam, portanto, os empregadores burgueses a elite nacional, a categoria de ocupados a ter maior rendimento dentre todas as outras classes?
A resposta, por incrível que pareça, é não.
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