domingo, 6 de março de 2016

A desigualdade diminui co a complexidade da economia

A desigualdade de um país diminui conforme sua complexidade econômica aumenta 

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Os arranjos produtivos criativos, inovadores e complexos podem favorecer o avanço de produtividade e vice versa. Ou seja, a redução da desigualdade pode funcionar como motor da inovação e ganhos de produtividade com “trabalho e capital” alinhados na mesma direção. Exemplo interessantes desse alinhamento podem ser encontrados nas relações trabalhistas na Alemanha, Japão, países nórdicos e norte de Espanha. O que importa aqui é atingir ganhos de produtividade e inovações que possam ser distribuídas de forma justa e sustentada. Não dá para se distribuir o que não se produz ou não distribuir nada de tudo que foi produzido. A desigualdade de oportunidades produtivas significa enorme obstáculo à esse progresso: significa falta de acesso às possibilidades de produzir e aqui o estado tem papel fundamental para tentar contribuir na construção e nas possibilidades de acesso a essas redes produtivas que contribuem para o avanço da complexidade das cidades, regiões e países.
O aumento da complexidade permite um desenvolvimento mais inclusivo da economia, contribuindo para criação de circuitos virtuosos de desenvolvimento cultural, social e tecnológico que se retroalimentam para formar uma rede produtiva mais sustentável. Uma vez que os ganhos de produtividade sejam distribuídos entre os elementos da rede, cria-se o ambiente propício para o desenvolvimento comum aonde as inovações e ganhos de eficiência, o desenvolvimento cultural, social e tecnológico promovem os ganhos de produtividade que, por sua vez, se bem redistribuídos, promovem novas ondas de ganhos de produtividade, mais diversidade e complexidade, num ambiente geral de criação de riquezas aliado ao desenvolvimento humano e da qualidade de vida.

paper de Cesar Hidalgo aqui, ver também Construindo complexidade
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