Foi um experimento quase que em condições de laboratório: como a cidade era destituída da infraestrutura e das instalações necessárias para sediar os jogos olímpicos, e com pouco tempo para fazer muita coisa, os políticos adotaram integralmente o manual keynesiano: vamos gastar com obras públicas.
Em parceria com empresários amigos do regime (dica: a corrupção é consequência direta e inevitável deste arranjo corporativista; ela não surge sozinha), os políticos direcionaram quase R$ 40 bilhões a obras públicas para fazer com que um vazio se transformasse em um espaço olímpico convincente.
Houve de tudo: desde obras de mobilidade urbana, passando pela construção de várias instalações, alojamentos e estádios, até a construção de vários novos hotéis.
Gastou-se a rodo, exatamente como defende a teoria keynesiana -- a qual diz que não importa exatamente em quê o governo irá gastar dinheiro; o que importa é que o governo gaste dinheiro.
Com efeito, se houve uma oportunidade para comprovar a teoria de que gastos públicos são a força-motriz do crescimento econômico, essa oportunidade foi o Rio.
No entanto, aparentemente, a teoria keynesiana do multiplicador de gastos falhou. Aliás, “falhou” é um eufemismo. Todos os gastos governamentais alcançaram a façanha de transformar a outrora vibrante e alegre cidade do Rio em objeto global de piedade.
Segundo os keynesianos, toda essa farra de gastos deveria ser o caminho para a prosperidade e para o crescimento econômico. Mas a realidade é que, contrariando a teoria keynesiana, a cidade do Rio está hoje *mais pobre* do que antes dos gastos.
No artigo abaixo, um desafio aos keynesianos.
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