Marcos Lisboa: “País não vai crescer só com juro baixo”
Por Geraldo Samor e Pedro Arbex
Marcos Lisboa continua pregando o evangelho das reformas no deserto da complacência brasileira.
Marcos Lisboa continua pregando o evangelho das reformas no deserto da complacência brasileira.
Hoje o economista de fora do Governo com maior trânsito em Brasília, Marcos insiste há anos na necessidade de uma agenda estrutural que nos leve ao crescimento sustentável e acabe com os vôos de galinha na economia.
Foi o primeiro a apontar a ‘meia-entrada’ — a pulsão dos grupos de interesse em exigir tratamento diferenciado — como o problema político fundamental que separa o Brasil que temos daquele que juramos desejar. (A meia-entrada transfere o custo do ajuste para ‘o outro’.)
Com uma cabeça que funciona a mil e uma língua corajosa (não importa quem esteja no Poder), Marcos ganhou o apelido de ‘Diabo Loiro’. E de tanto desconstruir as sucessivas ondas de otimismo infundado desde o Governo Dilma, também ganhou fama de pessimista.
“Minha fala não é para dizer que o Brasil não vai dar certo. É o contrário! É uma fala de profundo otimismo com o Brasil. Temos como crescer e nos desenvolver. Temos como voltar a ser um País com redução na pobreza, melhoria da renda e emprego,” diz o economista que também preside o Insper em São Paulo.
Mas para ele, o setor privado e a classe política estão se iludindo com uma análise superficial dos problemas nacionais.
“Existe uma certa esquizofrenia: de um lado há euforia porque o juro caiu e por essa promessa de uma agenda liberal; de outro, muito desconhecimento dos problemas reais a ser enfrentados.”
Nesta conversa com o Brazil Journal, ele destrincha os três pilares de uma agenda mínima para o crescimento sustentável e faz um alerta: nos últimos meses, setores do Executivo e do Legislativo começaram a ter ideias que podem prejudicar o avanço fiscal que a sociedade conquistou a duras penas.
Abaixo, os principais trechos da entrevista divididos em tópicos:
“Existe uma certa esquizofrenia: de um lado há euforia porque o juro caiu e por essa promessa de uma agenda liberal; de outro, muito desconhecimento dos problemas reais a ser enfrentados.”
Nesta conversa com o Brazil Journal, ele destrincha os três pilares de uma agenda mínima para o crescimento sustentável e faz um alerta: nos últimos meses, setores do Executivo e do Legislativo começaram a ter ideias que podem prejudicar o avanço fiscal que a sociedade conquistou a duras penas.
Abaixo, os principais trechos da entrevista divididos em tópicos:
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