Déficits, incertezas e
keynesianismo - como um orçamento equilibrado gera crescimento econômico
por Steve
Hanke,
"... A possibilidade de um
multiplicador fiscal negativo vai depender do papel central exercido pela
confiança e pelas expectativas em relação à política econômica futura. Se, por
exemplo, o governo de um país com um enorme déficit orçamentário e um alto
nível de endividamento adotar de forma séria e crível o compromisso de reduzir
significativamente o déficit, isso poder gerar um grande choque de confiança,
reduzir a incerteza de regime e consequentemente estimular a economia, uma vez
que as expectativas inflacionárias, os prêmios de risco e as taxas de juros de
longo prazo irão declinar.
Há vários exemplos em que
multiplicadores fiscais negativos foram observados. O aperto fiscal dinamarquês
de 1983—86, a estabilização irlandesa de 1987-89 e a sueca de 1995—99 são
notáveis. Os déficits fiscais que antecederam as restrições fiscais
dinamarquesa, irlandesa e sueca eram claramente insustentáveis, de modo que os
prêmios de risco e as taxas de juros estavam extremamente altos. O choque de
confiança que se seguiu ao aperto fiscal, em conjunto com os multiplicadores
negativos, permitiu que essas economias decolassem..."
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