Em
2011, quando foi dada a notícia de que o Brasil havia ultrapassado o Reino
Unido em termos do Produto Interno Bruto (PIB), a euforia foi grande. Para o governo brasileiro, este evento foi interpretado
como consequência de sua própria política econômica e como um prognóstico de
que em pouco tempo o Brasil iria ultrapassar também as outras grandes economias
e encostar na China e nos Estados Unidos. Exatamente por isso, foi grande a decepção
quando, pouco tempo depois, a economia brasileira se estagnou e perdeu — na
verdade, devolveu — para o Reino Unido o sexto lugar no ranking das maiores
economia do mundo.
A
pergunta que agora se faz é: o forte crescimento da economia brasileira nos
anos anteriores a 2011 representou um sinal de um novo padrão de crescimento
econômico para o Brasil ou será que toda aquela bonança econômica foi apenas um ponto
fora da curva? No primeiro cenário, o fraco
crescimento econômico atual seria apenas algo temporário, de modo que o Brasil
voltará em breve a crescer novamente. Porém,
uma análise mais profunda do desempenho econômico do Brasil aponta para o
segundo cenário: o fraco crescimento econômico atual sinaliza um retorno ao padrão
antigo, com longas estagnações.
Porém,
dado que o governo atual vai fazer todo o possível para voltar a apresentar
altas taxas de crescimento econômico, é de se esperar uma intensa aplicação de
todo o arsenal de políticas macroeconômicas com o intuito de se fabricar um crescimento
artificial. A consequência disso é que o
alívio temporário será pago com uma debilidade econômica ainda maior no
futuro.
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