O BC domesticado
O Estado de S.Paulo
A domesticação do Banco Central (BC) poderá custar caro
ao Brasil, como custou, em outros tempos, a sua subordinação ao ministro
da Fazenda ou a quem comandasse a política econômica. Longe de ser um
luxo, a autonomia operacional da autoridade monetária é uma garantia de
segurança contra desmandos do governo, um contrapeso para a
irresponsabilidade fiscal e uma proteção contra a política eleitoreira e
os interesses partidários de curto prazo. As lições de um passado não
muito remoto mantêm clara a lembrança de todos esses males. Ninguém, no
Palácio do Planalto, deveria desconhecê-las. No entanto, já não pode
haver dúvida sobre a influência da presidente Dilma Rousseff na política
oficial de juros, principal instrumento da administração monetária. A
mansidão do presidente do BC diante da ingerência palaciana encoraja as
pressões de ministros, empresários, sindicalistas e políticos e
desmoraliza a instituição.
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