quinta-feira, 10 de março de 2011
Teoria do valor
A teoria do valor pode aparecer como algo esotérico, que é melhor deixarmos para livros didáticos e na sala de aula. No entanto, essa opinião é bem errada. A teoria do valor é uma das determinantes mais fortes quando se pensa sobre a economia, a sociedade e a política.
A relação entre a teoria do valor e a ideologia política é bastante clara no marxismo, cuja base é a teoria do valor-trabalho. Segundo essa teoria, o valor de uma mercadoria depende da quantidade de trabalho necessária para produzir esse bem. Uma vez que esta premissa é adotada, o resto do edifício intelectual que promove o socialismo segue quase que automaticamente.
Não é sem triste ironia que a teoria do valor-trabalho foi criada pela escola clássica da economia. Os principais autores da escola clássica obviamente não se derem conta de que a teoria do valor-trabalho está não somente em contradição com a liberdade individual, mas também contem erros profundos.
Não foi até 1871, quando as falhas fundamentais da teoria do valor-trabalho foram reveladas e claramente refutadas de Carl Menger em seu livro Princípios da Economia. Menger, que era um jornalista financeiro antes de se tornar professor universitário, viu que muitas proposições fundamentais da economia clássica, e consequentemente do marxismo, estão cheios de contradições internas e em grave conflito com a realidade.
O fundador da Escola Austríaca da Economia mostrou em sua obra prima que o valor econômico não está embutido no próprio bem. A origem do valor não é trabalho, mas o valor é o resultado do serviço que um bem é capaz de fornecer para o consumidor. Assim o valor não está dentro do bem, mas depende da ativa avaliação humana da utilidade do bem.
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