A economista-presidente
Escrito por Carlos Alberto Sardenberg
Guido Mantega, por exemplo, desde a primeira reunião ministerial do governo Dilma, em janeiro de 2011, vem prometendo crescimento do PIB superior a 5% ao ano, com inflação na meta de 4,5%. Dizia que a nova política garantiria esses extraordinários resultados. Bom, estamos fechando o terceiro ano do governo - e o melhor que ele poderá entregar será crescimento na média de 2%, com inflação de 6%.
Hora de mudar, não é mesmo?
Aí está o problema da presidente Dilma. Economista, ela tem ideias firmes, tem lado (o do nacional-desenvolvimentismo), e aplica sua doutrina.
Observem a declarações da presidente, em entrevista ao jornal Valor Econômico, em março de 2011:
"Tenho certeza que o Brasil vai crescer entre 4,5% e 5% este ano.... A meta (de inflação) é de 4,5% e nós vamos perseguir 4,5%. Tem banda para cima, banda para baixo, mas nós sempre tentamos, apesar da banda, forçar a inflação para a meta até tê-la no centro."
Quando colocada diante da tese, ortodoxa, digamos, segundo a qual não seria possível, ao mesmo tempo, crescer 5% e trazer a inflação para a meta, a presidente retrucou:
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Hora de mudar, não é mesmo?
Aí está o problema da presidente Dilma. Economista, ela tem ideias firmes, tem lado (o do nacional-desenvolvimentismo), e aplica sua doutrina.
Observem a declarações da presidente, em entrevista ao jornal Valor Econômico, em março de 2011:
"Tenho certeza que o Brasil vai crescer entre 4,5% e 5% este ano.... A meta (de inflação) é de 4,5% e nós vamos perseguir 4,5%. Tem banda para cima, banda para baixo, mas nós sempre tentamos, apesar da banda, forçar a inflação para a meta até tê-la no centro."
Quando colocada diante da tese, ortodoxa, digamos, segundo a qual não seria possível, ao mesmo tempo, crescer 5% e trazer a inflação para a meta, a presidente retrucou:
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