terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estudar engenharia torna-se quente (finalmente!)

Brasil busca engenheiros. Vestibulandos candidatam-se

As engenharias – com destaque para a civil – recebem sopro de vigor dos investimentos em infraestrutura. E os estudantes perceberam isso

Nathalia Goulart
A engenharia civil está em alta. Na última terça-feira, a Fuvest, principal vestibular do país, que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), informou que a carreira é a mais concorrida do processo seletivo 2012, destronando medicina: são 52,27 candidatos disputando cada uma das 60 vagas para futuros engenheiros. Em outros vestibulares, a concorrência também é acirrada. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), são 47,4 candidatos por vaga, atrás apenas de medicina (114,4) e arquitetura (82). As engenharias – com destaque para a civil – vem recebendo um sopro de vigor do aquecimento da economia e dos investimentos em infraestrutura realizados no país. Afinal, para construir casas, hotéis, pontes e redes de esgoto, precisa-se de engenheiros. Os salários subiram e os candidatos a engenheiro perceberam isso. Discute-se até que, mantido o atual ritmo, o Brasil precisará formar mais profissionais. "Os vestibulares revelam que há uma percepção da sociedade, principalmente por parte dos jovens, de que as carreiras ligadas à engenharia oferecem oportunidades promissoras", afirma Aluízio de Barros Fagundes, presidente do Instituto de Engenharia (IE).
Leia mais sobre o assunto:
Ensino brasileiro precisa de aula de inovação
Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no vestibular

É uma mudança significativa em relação a décadas anteriores. Com o fim do "milagre econômico", na década de 1970, a engenharia civil passou por momentos de baixa, fruto do magro investimento em infraestrutura. Havia oportunidades para outras subáreas, como a eletrônica, nos anos 80. "A engenharia é uma área muito suscetível ao crescimento econômico. À medida que a economia se fortalece, as oportunidades surgem e o mercado seleciona os melhores profissionais", afirma Paulo Meyer, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Continue a ler a reportagem

Nenhum comentário: