sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Dilma de ferro

DESGASTE COM GREVE FAZ DILMA ELEVAR TOM

DILMA REPELE GRITO E QUEBRA-QUEBRA
Autor(es): » PRISCILLA OLIVEIRA » ADRIANA CAITANO
Correio Braziliense - 10/08/2012
Em duro recado a bases sindicais que estariam insuflando a paralisação, a presidente avisa: não se curvará a gritos de protesto e quebra-quebra. Segundo ela, os servidores precisam entender as dificuldades de caixa do governo.

Planalto avisa que não aceitará pressões de grevistas, com a suspensão de serviços essenciais à sociedade e ruas tomadas por manifestações. Governo insiste em apontar as dificuldades de caixa. Falta espaço no Orçamento para atender demandas que chegam a R$ 92,2 bilhões
A presidente Dilma Rousseff mandou ontem um duro recado às bases sindicais que estão insuflando a greve dos servidores: não é por meio de quebra-quebra e gritos de protesto que as demandas serão atendidas. Para ela, a questão é técnica. Falta espaço no Orçamento da União para acomodar todos os pedidos de reajustes salariais, que chegam a
R$ 92,2 bilhões, metade dos gastos anuais com o funcionalismo.
Segundo fontes do Planalto, o governo está empenhado em encontrar recursos no Orçamento para algum percentual de aumento aos servidores, com prioridade para as carreiras que ainda registram distorções nos ganhos. Mas nada será decidido até o fim do mês, antes de ser fechado o projeto orçamentário de 2013, que será enviado ao Congresso. A presidente está convicta, porém, que os reajustes para os servidores não estão entre as prioridades neste momento. A meta principal é dar favorecer investimentos produtivos, para estimular a retomada da economia e proteger o emprego privado, que não tem a estabilidade existente no serviço público.
Dilma está se apegando a estudos elaborados pelo Ministério do Planejamento mostrando que, desde 2003, o governo concedeu aumento a todo o funcionalismo, sempre acima da inflação. A folha passou de R$ 75 bilhões para quase R$ 200 bilhões...
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