quinta-feira, 12 de março de 2015

Novo cálculo do PIB

Análise: novo PIB não é  recomendação técnica da ONU
Mariana Bomfim

Veja quais são as mudanças no cálculo do PIB

  • Investimentos: os itens pesquisa e desenvolvimento, equipamentos bélicos (armamentos), exploração e avaliação de recursos minerais e bancos de dados passam a contar como investimentos, em vez de despesas.
  • Construção civil: o índice que calcula a produção na construção passa a considerar o salário dos trabalhadores. Antes considerava só a matéria-prima (tijolos, cimento, tinta etc.).
  • Sedes de empresas: as atividades que acontecem nas unidades administrativas das indústrias eram distribuídas entre as unidades produtivas. Agora, a sede entra na conta separadamente, como prestadora de serviços às unidades produtivas.
  • Saúde: antes, era feito um cálculo simples com o volume de serviços de saúde realizados no país. Com a nova metodologia, a conta considera os tipos de procedimento e as doenças. Uma cirurgia para retirada de apêndice, por exemplo, tem peso menor que uma operação cardíaca.
  • Usinas termelétricas: a conta da produção de energia elétrica no país passa a variar conforme as usinas termelétricas são acionadas ou desligadas.
  • Imposto de Renda da Pessoa Física: os dados do IR, fornecidos pela Receita Federal, agora entram na conta do PIB, participando do cálculo sobre o consumo das famílias. Em geral, o IBGE usa informações de fontes diferentes para compor as variáveis. 
  • Novas pesquisas: alguns estudos passam a ser considerados na conta. O Índice de Preços ao Produtor é usado no acompanhamento da variação dos preços de matérias-primas usados pelos produtores; o Censo Agropecuário de 2006 fornece dados sobre a estrutura da atividade agropecuária no Brasil, o que influencia no peso que cada atividade terá no cálculo do PIB; a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008 e de 2009 e Censo Demográfico de 2010 participam com informações que ajudam a calibrar as estimativas de consumo das famílias.
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