sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O novo vagabundismo

Cresce número de homens que não trabalham nem estudam, diz Ipea

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DENISE LUNA
DO RIO
O número de homens jovens que nem trabalham nem estudam está aumentando no país, enquanto ocorre o inverso entre mulheres da mesma idade. Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
De 2000 a 2010, o número de homens jovens que não trabalhavam nem estudavam aumentou em 1,107 milhão.
Informalidade cai menos do que antes, diz Ipea
Já o número de mulheres na mesma situação caiu 398 mil, segundo Ana Amélia Camarano, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.
Ela levou em consideração a definição de população jovem entre 15 e 29 anos, de acordo com a Secretaria Nacional da Juventude.
"Mudou o perfil dos "nem-nem" [como é chamado o grupo]. Isso tem a ver com a maior participação da mulher no mercado de trabalho e com a mudança de papéis."
Em 2000, as solteiras eram 22,6% do total de jovens e hoje são 30,5%, enquanto as casadas caíram de 71,3% para 69,9%. Já os homens solteiros eram 80,9% em 2000 e 75,9% em 2010. Os casados subiram de 13,4% para 16% no mesmo período.
Segundo Ana, as mulheres ainda são maioria entre os jovens "nem-nem", porém menos que no passado.
Em 2000, 6,4 milhões de jovens mulheres estavam nessa categoria, e hoje são 6 milhões. Já os homens jovens "nem-nem" passaram de 1,8 milhão para 2,9 milhões.
"A maioria ainda é formada por mulheres que casaram e já tiveram filhos", afirmou.
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