domingo, 16 de dezembro de 2012

Investimentos

Editoriais Folha de São Paulo
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Na base do improviso
Investimento segue travado porque empresários perdem confiança num governo que muda as regras sem parar e multiplica ações desconexas
É o capital privado que faz a roda da economia girar mais depressa ou mais devagar. O governo da presidente Dilma Rousseff chega muitas vezes a essa conclusão -mas nunca antes de esgotar e experimentar todas as outras opções.
A privatização de aeroportos, tal como cogitada em 2007, quando Dilma era ministra do governo Lula, acabou implantada parcialmente cinco anos depois, após idas e vindas. Mas a presidente não gostou do resultado, que entregou os terminais de Guarulhos, Brasília e Campinas a consórcios menores.
O processo para outros aeroportos foi adiado, a pretexto de buscar novo formato, com a estatal Infraero como sócia majoritária. Como ninguém no mercado quis pôr dinheiro na aventura, voltou-se atrás -todo um ano desperdiçado.
Eis apenas um exemplo na série de ações e reviravoltas da gestão Dilma, que se acumulam num mosaico incoerente de medidas para reanimar a economia. O que no início parecia disposição ao pragmatismo se reveste agora de falta de estratégia e baixa capacidade técnica da equipe econômica.
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