Mercado de trabalho
Demissões começam a ganhar força no Brasil às vésperas da eleição
Grandes empresas têm cortado postos de trabalho devido a prognósticos ruins da economia, com crescimento baixo, inflação elevada e dólar desvalorizado
Brasil gerou menos de 12 mil postos de trabalho em julho, o pior desempenho para o mês em quinze anos (Reinaldo Canato/VEJA)
Somente o varejo perdeu mais de 78.000 empregos em termos líquidos – já descontando novas contratações – nos sete primeiros meses do ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho, foram criados em média 41.000 empregos no mesmo período dos três anos anteriores. As montadoras de veículos, que estiveram entre os segmentos que mais ganharam com o forte crescimento do Brasil na década passada, também têm demitido milhares de funcionários com a queda da produção. Evandro Dias, de 27 anos, está entre aqueles que perderam o emprego nas últimas semanas. Ele trabalhava em uma loja de eletrônicos. “As vendas antes da Copa foram ruins, mas todo mundo esperava uma melhora. Só que ficou pior ainda. Por isso estou aqui”, afirmou Dias, enquanto homologava sua demissão em um sindicato de São Paulo.
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