Atraso na educação explica 100% da desigualdade de renda, diz economista
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A conclusão é do economista Alexandre Rands, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, que tem uma vasta produção acadêmica sobre esse tema.
Seu diagnóstico, se correto, significa que o país investe em políticas equivocadas há décadas.
Segundo Rands, foi o caso de incentivos para o desenvolvimento da indústria de regiões mais pobres e continua sendo o caso de subsídios públicos a setores empresariais específicos.
Ele argumenta que no mercado de capital físico o investimento funciona de forma razoavelmente eficiente.
O mesmo não vale para o setor de capital humano. "Famílias em que os pais têm maior capital humano tendem a ter mais recursos para investir na educação dos filhos", afirma.
Por isso, as desigualdades educacionais tendem a se perpetuar se não houver interferência do governo.
Apesar de melhoras, com políticas que tentam compensar a baixa capacidade de investimento das regiões mais pobres, os avanços do Brasil nessa área têm sido insuficientes, diz Rands.
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