Olavo de Carvalho "explica qual é a dimensão filosófica e qual a grande virtude
da obra de Mises, expõe as bases de sua crítica ao intervencionismo,
comenta o problema da estrutura expansionista do poder a partir da tese
de Bertrand de Jouvenel e, ao analisar a amplitude do estado moderno,
apresenta um quadro que pode ajudar a entender uma parte das
manifestações que tomaram as ruas do Brasil nas últimas duas semanas,
muito embora a entrevista tenha sido gravada antes dos protestos. “Hermann Rauschning, em seu livro Revolução do Niilismo,
diz que o estado moderno se tornou uma máquina tão abrangente e
complexa que não haverá mais revoluções populares, só haverá revoluções
desde cima. Isso é batata. Nos Estados Unidos, o Obama está fazendo uma
revolução desde cima e o PT no Brasil está fazendo uma revolução desde
cima. Primeiro eles tomam o poder por via legal, controlam todo o
estado, e depois incitam a massa militante contra poderes locais. E o
poder estatal cresce às custas dos poderes independentes locais. É
sempre assim: elimina-se os poderes intermediários e centraliza-se
tudo”.
Olavo
também apresenta a sua concepção de liberdade e defende a importância
de uma ordem social para garanti-la, e disseca a ideia central do
socialismo/comunismo, além de apontar os perigos e riscos ainda
existentes pelo trabalho eficiente de seus representantes. “A
ideia socialista tem que ser varrida da face da terra, tem que ser
eliminada, como tantas outras ideias e teorias malucas que foram
eliminadas. Hoje em dia quem é que vai defender seriamente uma ideologia
racista? Não dá. Se o cara começa a defender racismo, já se sabe que é
maluco. O socialismo tem que virar uma ideia diante da qual as pessoas
vão rir no futuro”.
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